Observação pessoal: Achei bastante interessante esta poesia de Adélia Prado, na verdade, é uma paródia da poesia de Carlos Drummond de Andrade, Poema de sete faces, quem ainda não a leu, é interessante lê-la pois os textos dialogam.
Boa Leitura!
Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável.
Eu sou.
In Adélia Prado, Poesia Reunida
Boa Leitura!
Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável.
Eu sou.
In Adélia Prado, Poesia Reunida
Aluno: Wandreson Rocha
Gostei, depois que eu der uma olhadinha no outro texto eu comento melhor !
ResponderExcluir=*
Gostei muito Wandreson!
ResponderExcluirPrincipalmente da frase : O que sinto escrevo;
Foi bem profundo.
Aluno:Carlos Tito
Também gosto muito desse texto!
ResponderExcluirvaleu!
'Wandreson''